Microchips são incorporados em células para medir pressão

02/07/2013 03:55 Atualizado: 06/08/2013 17:02
Imagem de um sensor de pressão de silício para aplicações intracelulares (Rodrigo Gómez-Martínez, CSIC)
Imagem de um sensor de pressão de silício para aplicações intracelulares (Rodrigo Gómez-Martínez, CSIC)

O Instituto de Microeletrônica de Barcelona desenvolveu um tipo de microchip e o inseriu com sucesso em células para detectar a pressão que elas recebem do ambiente externo, informou o Conselho Nacional de Pesquisas Científicas (CSIC) da Espanha.

O chip mede apenas 4 mícrons de largura e 6 mícrons de comprimento e 0,4 mícron de altura. Um mícron equivale a um milionésimo de um metro.

Um dos experimentos consistiu em inserir microchips em células resistentes do tipo HeLa, comumente usadas para pesquisas científicas. Como resultado, os pesquisadores descobriram que quando as células suportam uma maior pressão extracelular, a mesma se transmite ao interior da célula, sem que sua membrana ou parte interior oponham-se a essa resistência, relata o CSIC.

A equipe de pesquisa, que tem estudado há anos chips intracelulares, disse que as células passam suas vidas em um meio extracelular que exerce uma pressão que as submete “a uma força mecânica, cuja influência não é totalmente conhecida.” Isto tende a variar de acordo com as mudanças ambientais.

“A capacidade de medir as mudanças de pressão dentro da célula é essencial para o estudo da deformação da célula. Este fenômeno da mecânica das células está relacionado a outros processos, como o desenvolvimento, migração e doença das células”, disse a pesquisadora do Centro de Pesquisas Biológicas do CSIC, Teresa Suarez, que liderou a parte da biologia no trabalho.

“Uma das maiores conquistas da pesquisa foi atingir esse nível de miniaturização que permite inserir o chip na célula sem afetar a sua viabilidade”, disse José Antonio Plaza no comunicado.

O chip é composto por duas membranas de silicone de 50 nanômetros, cerca de 1.000 vezes menor que um metro. Ambas estão relacionadas a um ressonador óptico que modifica a luz de acordo com a força à qual as membranas são submetidas.

Agora, a equipe de pesquisa espera desenvolver chips com diferentes funções, que podem medir vários parâmetros. No caso de certas doenças podem atuar como sentinelas, sempre alerta, “para verificar o seu estado, informar-nos do mesmo e repará-las, se necessário”, diz Teresa Suarez.

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