Mestres de artes marciais batem em gangue de demolição

12/11/2012 08:10 Atualizado: 11/11/2012 21:44
Na província de Henan, pai e filho que praticam artes marciais desde jovem, trabalharam juntos para dispersar uma gangue de trinta que foi a sua casa espancar sua família para expulsá-los e começar uma demolição ilegal. (Imagem de um vídeo do Youmaker)

Parece um filme de Kung Fu, mas uma dupla de artes marciais, pai e filho, da província de Henan na China, bateu em quase três dezenas de bandidos que invadiram sua casa e atacaram sua família na tentativa de expulsá-los da propriedade e demolir sua casa.

Aparentemente, os dois foram treinados em artes marciais desde jovem, ou seja, os bandidos, que foram ordenados por Xu Shaoying, o secretário local do Partido Comunista Chinês (PCC), para forçar a família a sair de sua casa, foram surpreendidos.

Imagens de vídeo da surra na vila de Chengliu na cidade de Bazhou em Henan foram postadas no website chinês Youmaker.com, mostrando o resultado do concerto de pai e filho.

O vídeo não mostrou os dois lutando, apenas os bandidos caídos no chão perto da entrada. Alguns seguravam a cabeça como se sofrendo de uma grave lesão, enquanto outros permaneciam do lado de fora xingando a família.

Shen Yanming, o pai, disse ao Epoch Times, “As autoridades locais do PCC venderam toda a terra disponível na aldeia e agora estão de olho nas moradias de cerca de 30 famílias, incluindo a de minha família.”

Os oficiais tentaram nos forçar a assinar documentos entregando a propriedade do imóvel para o escritório local do PCC, mas nós nos recusamos, disse Shen Yanming.

“Então, eles ordenaram que dezenas de pessoas invadissem a casa de meu filho diariamente. Essas pessoas bloquearam a entrada e nos ameaçaram com linguagem abusiva”, continuou Shen Yanming.

A Sra. Zhang, esposa de Shen Jianzhong, o filho de Shen Yanming, disse ao Epoch Times na quinta-feira que o chefe local do PCC na aldeia, Xu Shaoqing, disse a dezenas de famílias no final de outubro que suas casas seriam demolidas, afirmando que deveriam ser liberadas para o desenvolvimento da terra. No entanto, Xu Shaoqing não ofereceu as famílias qualquer documento legal para assinarem.

Depois que as famílias se recusaram, Xu Shaoqing ordenou alguns homens locais a jogarem bombinhas e tijolos nas casas dos moradores, quebrando janelas e portas e também xingando-os, disse a Sra. Zhang.

Em 29 de outubro, cerca de 30 homens não identificados tentaram invadir a casa de Shen Jianzhong e um deles disse a sua esposa, “Você concorda ou não que sua casa seja demolida”, mas ela negou. O homem então respondeu com raiva, “Você concordará quando eu disser que deve! Pare de me responder com absurdos!”

A Sra. Zhang foi então agarrada por alguns dos homens e recebeu socos e chutes e quando eles atacaram pai e filho, sete deles foram derrubados, disse Shen Yanming. Ele disse que quando os homens correram para fora, eles não os perseguiram.

Mas no dia seguinte, mais pessoas se reuniram em frente de sua casa e os xingaram e não os deixavam sair. Um dia depois, mais de 50 pessoas e vários carros cercaram a casa. “Eu liguei para a polícia e eles me disseram que era seu direito fazer o que quisessem. Ninguém se preocupou conosco”, disse a Sra. Zhang ao Epoch Times.

Por fim, a família Shen foi forçada a abandonar sua casa dias depois. “Ninguém na família se atreveu a sair por dois dias. Estes bandidos prejudicaram nossas vidas. Peço a todos na sociedade que nos ajudem. Por favor, nos ajudem”, disse Shen Yanming.

Outras famílias na China não têm sido tão afortunadas como os Shen, porque as autoridades locais em todo o país têm obrigado muitas famílias a deixarem suas casas e confiscado suas terras para a construção de novos edifícios. Normalmente, essas famílias recebem ínfima compensação do governo e a prática tem sido denunciada por grupos internacionais de direitos, incluindo a Anistia Internacional.

“A forma como esses funcionários civis ameaçam é pior do que os soldados japoneses [na II Guerra Mundial]”, disse a Sra. Zhang.

A Anistia disse em outubro que desapropriações violentas e forçadas na China têm aumentado nos últimos dois anos, acrescentando que esses confiscos de terras ocorrem para compensar os déficits orçamentários locais.

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