Nem sempre uma cirurgia é necessária, hoje já existem tratamentos como a neuroestimulação medular, que ajudam a reduzir a percepção de dor
Você vai levantar da cadeira e sente uma fisgada nas costas. Senta novamente. Ajeita-se. Toma coragem. Levanta. Sério mesmo que anda fazendo isso e “nem percebe”? Segundo o Dr. Cláudio Fernandes Corrêa, a Lombalgia é o segundo tipo de dor mais comum na população. Quem nunca sentiu uma fisgada ou ficou uns dias com dor depois de levantar peso excessivo ou sentar muito tempo de mau jeito?
O tratamento da dor lombar aguda, quando o problema começou recentemente, pode ser feito com um analgésico e um relaxante muscular receitados pelo médico. A questão é que algumas pessoas não procuram tratamento rapidamente e arrastam o quadro a ponto de a dor se tornar crônica.
Nestes casos, o ideal é procurar o quanto antes um neurologista para identificar a causa, se muscular, óssea ou por disfunção em algum nervo, e iniciar o tratamento rapidamente. “Nem sempre uma cirurgia é necessária, hoje já existem tratamentos como a neuroestimulação medular, que ajudam a reduzir a percepção de dor, quando a causa já foi tratada”, explica o especialista.
No procedimento, eletrodos são implantados na área dolorida e conectados a um gerador portátil, que é programado para produzir um estímulo elétrico que neutraliza a sensação de dor. “O procedimento é seguro e reversível. Se bem indicado, é uma boa opção terapêutica para dores resistentes a outros tratamentos”, finaliza o Dr. Corrêa.
Saber que há “remédio” para dor crônica não é motivo para ir postergando o problema. Se você se identificou com a descrição do início deste texto, pode ser que esteja na hora de falar com o seu médico.
Esse conteúdo foi originalmente publicado no site do Hospital Nove de Julho.