Falun Gong, uma prática de meditação popular e serena (fotos)

16/05/2013 23:28 Atualizado: 05/06/2013 14:17
Praticantes do Falun Gong sentados em meditação na Nova Zelândia (Minghui.org)

Um dos segredos mais bem guardados da China na década de 90 foi o Falun Gong. Seja chamando-o de prática de meditação, disciplina espiritual ou um tipo de qigong, o certo é que cerca de 100 milhões de pessoas na China o praticavam em meados de 1999.

No entanto, mesmo que 1 em cada 13 chineses praticassem o Falun Gong, ele era quase desconhecido fora da China, até que o Partido Comunista Chinês (PCC) o proibiu em julho de 1999 e instituiu uma ampla e brutal campanha de perseguição que continua até hoje.

Um componente-chave de toda campanha de perseguição do PCC é inundar a mídia – ondas de rádio, impressa, internet… – e canais diplomáticos com propaganda falsa. Um dos principais alvos da propaganda anti-Falun Gong foi a imprensa estrangeira, que não tinha outra fonte de informação e acabava reproduzindo e ajudando a estender a campanha do regime de dentro para fora da China. Assim, a primeira e frequente forma de exposição ao Falun Gong que muitas pessoas fora da China tiveram foi uma imagem intencionalmente distorcida e coreografada pela mídia controlada pelo PCC e seus agentes.

Em outras palavras, tudo que você aprendeu até agora sobre o Falun Gong pode ser impreciso.

Mente e Corpo

O Falun Gong refina ou cultiva tanto a mente quanto o corpo, o que torna difícil para a terminologia ocidental classificar adequadamente. Ele é uma prática espiritual ou uma série de exercícios físicos? A resposta correta é “sim”, pois ambas são características ou partes integrantes do Falun Gong.

Há cinco exercícios no Falun Gong. Quatro são feitos em pé e um deles é uma meditação com as pernas cruzadas. Suaves e lentos, eles têm nomes como “Circulação Celestial Falun”, “Penetrando os dois extremos cósmicos”, etc. As pessoas frequentemente relatam sentir-se revigoradas e energizadas após os exercícios.

O ponto-chave dos ensinamentos: o Falun Gong considera que o princípio fundamental do universo é “Zhen-Shan-Ren”; ‘Zhen’ traduz-se como verdade e veracidade; ‘Shan’ é a compaixão, benevolência e bondade; ‘Ren’ é a tolerância, paciência e perseverança. Seus ensinamentos expõem seus desdobramentos em grande profundidade.

Desenvolvimento inicial

Por milhares de anos na China, práticas espirituais foram transmitidas quietamente de mestre para discípulo.

O professor ou mestre do Falun Gong, o Sr. Li Hongzhi, aprendeu a prática privadamente e, em seguida, apresentou-a ao público e ensinou-a a quem quisesse aprender a partir de maio de 1992.

O Sr. Li atravessou a China algumas vezes até o final de 1994, realizando 54 seminários de 8 a 10 dias de duração onde quer que fosse convidado. Ele dissertou sobre os princípios, ensinou os exercícios e respondeu a perguntas no último dia de cada seminário.

No início, apenas algumas centenas participaram de cada seminário, mas até o final de 1994, salões com capacidade para vários milhares se encheram, enquanto a divulgação de boca em boca precedia suas visitas.

Pessoas contavam a familiares, amigos e vizinhos sobre como suas doenças, desde problemas de pele a problemas cardíacos, foram atenuadas ou desapareceram. Elas também relatavam como, seguindo os ensinamentos, puderam melhorar o relacionamento com cônjuges e colegas de trabalho e comumente adquiriam um estado de paz e relaxamento mental.

A prática continuou crescendo, espalhando-se de boca em boca, de dezenas de milhares que atenderam pessoalmente as palestras do Sr. Li em 1992-1994 até dezenas de milhões em meados de 1999. Praticantes incluíam idosos e jovens, professores universitários e camponeses e até generais e membros do Partido Comunista.

Locais de prática surgiram espontaneamente em parques públicos por toda a China. Assistentes voluntários ensinavam recém-chegados como fazer os movimentos e levavam um tocador de CD ou outra forma de áudio para tocar a música que acompanha os exercícios.

Após fazerem os exercícios em conjunto, enquanto alguns praticantes iam para o trabalho, quem podia se sentava junto e lia o livro principal da prática, o “Zhuan Falun”, de autoria do Sr. Li. Refinar a mente e o caráter vem por meio do estudo deste livro e de outros ensinamentos – cujos textos estão disponíveis gratuitamente online – para então aplicar o compreendido na vida diária.

Disseminação global

Praticantes do Falun Gong levaram a prática consigo para suas universidades e empresas fora da China, com muitas universidades hospedando clubes estudantis que praticam o Falun Gong. O Sr. Li deu um seminário completo na Suécia no início de 1995 e falou em conferências realizadas por estudantes nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Alemanha e outros lugares, antes que o PCC começasse sua campanha de perseguição em 1999.

Hoje, o website Falundafa.org lista locais de prática regular em cerca de 70 nações e afirma: “Todas as atividades do Falun Dafa são gratuitas.” (Falun Dafa é outro nome para o Falun Gong. “Dafa” significa “grande caminho”.)

O número de pessoas que praticam fora da China cresce mesmo que a proibição e a perseguição continuem na China. A evidência do crescimento é difícil de precisar, já que números exatos não são mantidos por qualquer pessoa e todos são livres para praticarem ou não conforme sua vontade.

Mais de 10 mil praticantes do Falun Gong fazem sua meditação de pé na província de Liaoning na China antes da perseguição começar em 20 de julho de 1999 (Minghui.org)
Sr. Li Hongzhi, fundador da prática de meditação do Falun Gong, corrige os movimentos de um praticantes em Chicago, antes de 20 de julho de 1999 (Minghui.org)
Praticantes do Falun Gong fazem uma vigília de velas em Washington DC, EUA, em julho de 2011 (Dai Bing/The Epoch Times)
Praticantes do Falun Gong exercitam-se em Pequim, China, antes da perseguição do regime chinês começar em 20 de julho de 1999 (Minghui.org)
A Tocha dos Direitos Humanos viajou o mundo para alertar sobre a perseguição ao Falun Gong na China (The Epoch Times)
A Praça da Liberdade em Taipei, Taiwan, reúne praticantes do Falun Gong num grande espetáculo para formar a imagem do Sr. Li Hongzhi, o fundador do Falun Gong (Minghui.org)
Meditar em tranquilidade é parte da disciplina do Falun Gong. Após um estudo cerebral amplo, um grupo de meditadores de longa data foi capaz de transformar sua anatomia cerebral de diferentes maneiras (Minghui.org)
Em 25 de dezembro de 2005, 4 mil praticantes formaram o emblema do Falun Gong diante do Memorial Chiang Kai-shek em Taipei, Taiwan (Minghui.org)
Praticantes do Falun Gong em Taiwan formam uma flor de lótus e os caracteres Zhen-Shan-Ren, que significam Verdade-Compaixão-Tolerância e representam os princípios fundamentais da disciplina espiritual do Falun Gong (The Epoch Times)
Praticantes do Falun Gong de diversas regiões dos mundo, mas aqui especialmente de Taiwan, alinham-se na Praça da Liberdade na capital de Taipei (The Epoch Times)
Os tambores de cintura soam numa parada do Falun Gong em Berlim para alertar as pessoas sobre a perseguição na China (The Epoch Times)
Um evento em Varsóvia, Polônia, que precedeu as Olimpíadas de Pequim de 2008 e visava esclarecer a situação dos direitos humanos na China (The Epoch Times)
Praticantes do Falun Gong fazem  vigília de velas em Washington DC, EUA (The Epoch Times)

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