Explosão de raios-gama sem precedentes irradia a Constelação do Leão

06/05/2013 21:05 Atualizado: 06/08/2013 17:23
Crê-se que o fenômeno foi resultado da morte de uma estrela maciça
Duas imagens, antes e depois da poderosa explosão de raios-gama com energia superior a 100 milhões de elétron-volts, no centro do polo norte galáctico, entre a Constelação do Leão e a Ursa Maior (NASA/DOE/Fermi LAT)

Uma explosão de raios-gama sem precedentes de uma estrela moribunda próxima da Constelação do Leão foi observada em 27 de abril, segundo a equipe da missão Fermi da NASA.

Na imagem acima se observa o evento que produziu a maior energia já detectada numa explosão similar, informou a NASA na sexta-feira.

O fenômeno foi classificado como uma Explosão de Raios-Gama (GRB) e registrado com o código 130427A.

“Esperamos muito tempo por uma explosão de raios-gama tão surpreendente e tão brilhante”, disse Julie McEnery, cientista do projeto Telescópio Espacial Fermi de Raios-Gama, do Centro Espacial Goddard da NASA, nos Estados Unidos.

“A emissão de GeV [giga-elétron-volts] da explosão durou horas e permaneceu detectável pela maior parte do dia, estabelecendo um novo recorde para a emissão de raios-gama mais ampla de uma GRB”, disse McEnery. O número de telescópios terrestres que puderam detectar sua imagem também foi um recorde.

A explosão ocorreu às 3h47 EDT de sábado 27 de abril. A NASA informou que, naquele momento, o satélite Swift manobrava suas objetivas, por isso, ele atrasou-se em um minuto para capturá-la. Mais tarde, o telescópio Fermi registrou a energia de 94 bilhões de GeV, o que é equivalente a 35 bilhões de vezes a luz visível e três vezes o recorde anterior.

De observatórios terrestres esta explosão foi detectada em comprimentos de ondas ópticas, infravermelho e rádio.

A GRB 130427A está localizada a cerca de 3,6 milhões de anos-luz de distância, que, para esses eventos, os astrônomos revelam ser relativamente próximo.

Acredita-se que a forte explosão de raios-gama tenha sido causada pela morte de uma estrela maciça da constelação. As estrelas, ao esgotarem seu combustível, colapsam em sua própria massa.

Como o núcleo colapsa num buraco negro, jatos de material projetam-se quase à velocidade da luz.

Quando os jatos continuam sua jornada através do espaço, eles interagem com o gás anteriormente derramado pela estrela e geram um clarão luminoso que desaparece com o tempo, explicam os astrônomos da NASA.

A equipe Fermi prevê que, nas próximas semanas, em meados de maio, se observará no local da explosão uma supernova emergente, “que acompanha quase todas as grandes GRBs a esta distância”, disse Neil Gehrels, investigador chefe da equipe Swift do Centro Goddard.

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