Estruturas humanas podem incentivar reprodução de águas-vivas

05/12/2012 04:00 Atualizado: 06/08/2013 18:13
Nova pesquisa sobre águas-vivas ainda em estado larval podem explicar a recente proliferação e densidade dos surtos de águas-vivas em águas costeiras (Pui Yee Ling/Photos.com)

Infraestruturas marinhas costeiras como fazendas de aquacultura e plataformas petrolíferas podem proporcionar às larvas de água-viva as condições ideais para que estabeleçam colônias e ter contribuído para o recente aumento global de águas-vivas adultas.

Novas pesquisas internacionais demonstraram que milhões de pólipos de água-viva – normalmente com apenas cerca de um milímetro de comprimento – podem habitar estruturas feitas pelo homem e, portanto, serem influenciados pelo desenvolvimento costeiro.

Anteriormente, a maior parte das teorias sobre os surtos de águas-vivas procuravam estudar as águas-vivas no seu estado adulto, quando estas já possuem mobilidade, e o estudo dos seus predadores ou competidores.

“Chamamos a esta nova proposição de hipótese do ‘cavalo de Troia’”, diz o principal autor do estudo, Carlos Duarte da Universidade da Austrália Ocidental num comunicado de imprensa.

“A proliferação de estruturas artificiais tais como portos, instalações navais e de aquacultura providenciam um habitat para os pólipos de águas-vivas e pode ser um importante fator para explicar o aumento do numero de águas-vivas”.

Pesquisadores em diferentes países observaram os desenvolvimentos dos pólipos em variadas estruturas incluindo píeres e recifes artificiais.

Pólipos de água-viva existem na parte de baixo destas estruturas artificiais em densidades com mais de 10 mil deles por metro quadrado; às vezes, com até 100 mil por metro quadrado”, afirma Duarte.

A equipe também analisou águas-vivas bebê na natureza e em laboratório para verificar como elas se estabelecem em 18 diferentes tipos de superfícies, tais como, concreto, madeira e conchas de ostras. O estudo foi publicado na Frontiers in Ecology and the Envoirement, dia 7 de setembro.

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