Entendendo a fitoterapia chinesa – Parte 1

21/11/2013 18:00 Atualizado: 24/11/2013 19:15

A fitoterapia chinesa é uma das principais modalidades de cura clínica do antigo sistema médico chinês. No entanto, não é tão bem conhecida no ocidente como a acupuntura, possivelmente porque é mais complexa e seus efeitos não são tão imediatos quanto os da acupuntura, a qual pode reduzir rapidamente a dor.

Além de empregar ervas ou plantas, a fitoterapia chinesa também utiliza minerais, insetos (por exemplo: o bicho-da-seda é utilizado para tratar a pele), criaturas marinhas como conchas de ostras, e partes de animais maiores como ossos de tigres.

As pessoas que procuram a ajuda de um médico de fitoterapia chinesa ficam confusas sobre o efeito que o medicamento pode trazer para eles, como os medicamentos funcionam e como são preparados.

Um dos equívocos mais comuns que as pessoas têm da fitoterapia chinesa, é achar que ela utiliza agentes químicos e outros medicamentos ou vitaminas. De fato, há um grande número de agentes químicos em cada uma das ervas individuais, e às vezes também contêm extratos, que são componentes químicos específicos usados no medicamento.

Por exemplo, a malária pode ser tratada com extratos de Artemísia Apiáceas (Qinghao). No entanto, na prática da fitoterapia chinesa, os ingredientes não são escolhidos com base nos seus componentes químicos, mas na energia contida na mistura como um todo.

Por exemplo, a astrágalo, que é bastante utilizada, é doce, e tem uma afinidade com os meridianos do pulmão, baço e rins. Porque o qi do baço é a principal energia usada para a absorção de alimentos, para o metabolismo, e para a imunidade. A astrágalo é eficaz para a má absorção dos nutrientes, metabolismo lento, órgãos prolapsados, para modular a imunidade e prevenir infecções por bactérias e vírus.

O qi dos rins regula a micção; portanto a astrágalo também é eficaz para a disfunção urinária causada por um aumento da próstata. Para o tratamento de diferentes tipos de doenças, tais como diabetes, doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais e os efeitos colaterais da quimioterapia, ela é usualmente combinada com outras ervas.

As pessoas muitas vezes pensam que podem tomar o mesmo remédio fitoterápico para sempre, assim como eles tomam outros alimentos e suplementos nutricionais. A fitoterapia provoca mudanças na condição da energia do corpo, então os ingredientes e suas dosagens precisam ser modificados a cada uma ou duas semanas, ou periodicamente, dependendo da situação do indivíduo.

A parte 2 abordará mais as ervas chinesas e sua administração

Dr. Yang é psiquiatra credenciado e médico de quarta geração da medicina Chinesa. Seu site é Taoinstitute.com