Dublin marca os 13 anos de perseguição ao Falun Gong na China

25/07/2012 23:00 Atualizado: 09/02/2014 22:07

Numa viagem a Dublin, Irlanda, para comemorar seu aniversário em 20 de julho, a sra. Una McDermot foi atraída ao Correio Geral por uma bela música que ela nunca tinha ouvido antes. A música era chamada Pudu e estava sendo tocada por praticantes do Falun Dafa num evento comemorativo para marcar o aniversário do início da perseguição conduzida pelo regime chinês à prática espiritual desde 20 de julho de 1999.

“Como pode o homem criar uma música tão bela e ainda destruir a alma de sua própria nação por ganância, arrogância e egoísmo, quando ele poderia viver com tal harmonia”, disse a aposentada County Donegal, comentando sobre a perseguição ao Falun Dafa pelo Partido Comunista Chinês (PCC) na China.

Como deve ser difícil não ser capaz de retornar à terra onde você nasceu para poder visitar a família, ir a funerais e casamentos de seus entes queridos. Ouvir os praticantes do Falun Dafa e suas histórias do exílio e do tratamento que enfrentaram nas mãos do PCC por suas crenças espirituais coloca a média das preocupações diárias em perspectiva.

A maioria das pessoas vacilaria se enfrentasse essas dificuldades, mas à medida que cada pessoa falava podia-se sentir que estavam mais preocupados com a terra da China e seu povo governado pelo PCC do que com suas circunstâncias pessoais.

A sra. Dongxue Dai, porta-voz da Associação do Falun Dafa na Irlanda, disse, “Estamos aqui hoje para comemorar os praticantes que foram torturados até à morte […] estamos aqui também para elogiar aqueles que têm sido tão corajosos em suas crenças e em espalhar a verdade do Falun Gong.”

A sra. Dai começou a praticar o Falun Dafa em 1996 e disse que achou muito benéfico tanto para o espírito como para a saúde. Ela contou aos membros de sua família e, então, seus pais, irmãs e irmão também começaram a praticar. “Após a perseguição começar, minhas irmãs foram enviadas para campos de trabalho e minha mãe morreu dois meses depois disso; eu não tinha permissão para ir para casa assistir ao funeral”, disse a sra. Dai.

Logo após esse evento em 2001, o passaporte da sra. Dai tinha de ser renovado. A embaixada chinesa em Dublin disse que não renovaria seu passaporte, a menos que ela desistisse da prática do Falun Dafa. Ela se recusou a fazer isso e, posteriormente, teve de pedir asilo na Irlanda.

“Como todas as pessoas no mundo, você é orgulhoso de seu próprio país e cultura […] A China tem 5.000 anos de civilização, cultura e grandes tradições, mas infelizmente o PCC destruiu e arruinou tudo […] Eu amo meu país, mas não este Partido”, disse a sra. Dai.

O que é o Falun Gong?

O Falun Gong, também chamado Falun Dafa, é uma prática espiritual tradicional chinesa, que foi divulgada ao público em 1992 e prosperou na década de 1990 na China. Até 1999, a disciplina cresceu para cerca de 70-100 milhões de praticantes. Seus valores fundamentais são verdade, compaixão e tolerância. Foi em 20 de julho de 1999 que o então líder chinês Jiang Zemin, tendo decidido que o Falun Gong era uma ameaça ao seu governo, ordenou a “erradicação” da prática.