Dedicar-se à jardinagem melhora a qualidade de vida

23/03/2012 00:00 Atualizado: 23/03/2012 00:00

JARDINAGEM: Pesquisa descobre que idosos que fazem jardinagem têm maior satisfação com a vida do que aqueles que não.Estudo revela por que os jardineiros são mais felizes

Uma pesquisa publicada pela HortTechnology, revela que as pessoas que se dedicam à jardinagem são mais felizes do que aqueles que não o fazem.

Pesquisadores da Universidade do Texas A&M e da Universidade do Estado do Texas pediram a 298 adultos com mais de 50 anos para completar um questionário sobre seus conceitos da vida e sua percepção do bem-estar físico.

As perguntas, de acordo com o estudo, foram baseadas na Escala de Satisfação da Vida (ESV), que mede a qualidade de vida através de cinco aspectos: “a alegria de viver”, “a resolução e determinação”, “o congruência entre desejos e realizações”, “o conceito de si mesmo nos aspectos físico, psicológico e social” e “o otimismo”.

Os participantes foram questionados sobre seu nível de atividade física e percepção da saúde pessoal. Posteriormente, foram classificados como “jardineiros” ou “não-jardineiros” de acordo com sua resposta à pergunta: “Você se dedica à jardinagem?”

“O principal objetivo do estudo foi determinar se a jardinagem tem um impacto positivo sobre a percepção da qualidade de vida e nos níveis de atividade física dos idosos em comparação com os não-jardineiros”, disse num comunicado de imprensa Aime Sommerfeld, pesquisador do Departamento de Horticultura da Universidade do Texas A&M e autor principal do estudo.

A equipe descobriu que os participantes que se consideravam jardineiros, tiveram resultados mais positivos na escala de satisfação com a vida.

Em termos de nível de energia, 70,9% dos jardineiros discordaram da afirmação “Sinto-me velho e um pouco cansado”, enquanto 57,3% dos não-jardineiros não estavam de acordo com a declaração.

Os jardineiros também foram mais propensos a se envolver na atividade física diária. 38% dos jardineiros relataram ser “muito ativos” contra 19,6% dos não-jardineiros. No entanto, 14,71% dos não-jardineiros foram classificados como “muito inativos”, enquanto apenas 4,43% dos jardineiros se sentiam assim.

“Numa época em que os idosos vivem mais e gozam mais tempo de lazer, a jardinagem tem o potencial de satisfazer as necessidades criadas pela mudança de estilos de vida”, diz Sommerfeld.

“A jardinagem oferece aos participantes a oportunidade de se reconectar com eles mesmos através da natureza, uma vez que é uma atividade saudável que melhora a qualidade de vida”, concluiu.