Coisas que você deve saber se suas vitaminas provêm da China

12/12/2013 07:00 Atualizado: 11/12/2013 14:41

Se você está tomando vitaminas, há uma boa chance de que elas tenham sido importadas da China.

Com o envelhecimento da população e um foco crescente na saúde, os Estados Unidos promoveram o aumento do mercado de vitaminas e suplementos nutricionais de 28 bilhões de dólares, e que deverá continuar crescendo em torno de três por cento ao ano.

O uso de vitaminas e suplementos está se tornando comum entre mais da metade dos adultos americanos. Eles talvez ignorem que estão ingerindo produtos feitos na China ou feitos com matéria-prima chinesa.

De acordo com o jornal Seattle Times, a China conquistou mais de 90% do mercado de vitamina C nos Estados Unidos. Pense em quantos rótulos anunciam a adição de vitamina C. Ela está presente em muitos alimentos e bebidas; quase todos os alimentos processados ​​para seres humanos e animais domésticos contêm vitamina C.

O consumidor não tem como saber que a adição de vitamina C provém da China, e que não há nenhuma lei que exija a rotulagem do país de origem dos ingredientes. Isto pode levantar algumas sobrancelhas, pois os escândalos de segurança alimentar na China estão nas manchetes dos jornais todos os dias.

Aqui estão cinco informações que qualquer consumidor de vitaminas deveria saber:

1. Apenas dois por cento de todas as vitaminas e outros suplementos importados são inspecionados. Por quê? A lei classifica como “comida” as vitaminas e os suplementos, portanto, eles não estão sujeitos ao rígido escrutínio regulamentar de medicamentos prescritos.

2. As principais áreas de produção de vitaminas e suplementos da China estão entre as mais poluídas do país (portanto, do mundo).

As vitaminas e suplementos nutricionais geralmente utilizam produtos agrícolas como matéria-prima. A província de Zhejiang é o principal exportador de vitaminas e tem um nível alarmante de contaminação do solo por metais pesados. Na verdade, um sexto das terras cultiváveis da China está altamente poluído.

Foi relatado que o arroz plantado em várias províncias agrícolas pode conter cádmio em excesso, metal frequentemente encontrado em pilhas, tintas e resíduos industriais provenientes da fabricação de plásticos. Esse metal pode causar graves enfermidades renais.

A água de irrigação é um pesadelo: metade dos principais corpos de água no país está contaminada, assim como 86% dos existentes na cidade. Boa parte dessa poluição é causada pelas inúmeras fábricas no país, que raramente têm equipamentos para tratar a contaminação. Entre 70 e 80% dos resíduos industriais do país são despejados diretamente nos rios.

3. Nem mesmo os alimentos rotulados como “orgânicos” são seguros, porque as normas para os orgânicos do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, da sigla em Inglês) não limitam os níveis de contaminação por metais pesados ​​em alimentos orgânicos certificados.

4. De acordo com estatísticas da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, da sigla em inglês), entre 2008 e 2012, cerca de 6.300 norte-americanos em todo o país queixaram-se de reações adversas aos suplementos alimentares.

Mas alguns especialistas dizem que o número real pode ser mais do que oito vezes maior, porque a maioria das pessoas acredita que produtos de saúde não iriam deixá-los doentes. Embora nem todos estes problemas sejam causados ​​pela poluição na China, essa contaminação pode ter desempenhado um papel.

5. O pior de tudo: as vitaminas fabricadas na China estão em toda parte; mesmo aqueles que não consomem suplementos vitamínicos quase não podem escapar. Muitas vitaminas acabam como ingredientes alimentares em refrigerantes, alimentos para animais e até mesmo cosméticos.