Cientistas australianos descobrem que ilha no sul do Pacífico não existe

23/11/2012 18:30 Atualizado: 23/11/2012 19:23
Imagem da tela do Google Maps mostrando a localização da suposta ilha Sandy (Google Maps)

Cientistas australianos recentemente descobriram que uma ilha no sul do Pacífico não existe. A ilha Sandy estava bem disseminada em serviços como Google Maps, Times Atlas e outros mapas náuticos, mas quando os cientistas procuraram por ela, encontraram apenas mar aberto.

Pesquisadores da Universidade de Sidney viajaram para a suposta localização da ilha (entre Nova Caledônia e Austrália) com o objetivo de identificar partes da crosta continental australiana submersa na região do Mar de Coral.

A geóloga, Dra. Maria Seton, disse à Australia Broadcasting Corporation (ABC): “Ela aparecia no Google Earth e em outros mapas então fomos verificar e não havia nenhuma ilha lá. Estamos realmente intrigados. Isso é muito bizarro”.

 

Todos nós gargalhamos do Google enquanto navegavamos sobre a ilha.
Steven Micklethwaite, da Universidade da Austrália Ocidental

Além de não haver nenhuma ilha no local indicado, talvez o mais surpreendente foi a profundidade de 1.402 metros “muito profundo”, disse Seton à agência AFP. Ela pretende investigar como a ilha foi parar no mapa.

“De alguma forma, esse erro propagou-se através do banco de dados litorâneo mundial que é referência para a produção de um monte de mapas”, disse Seton ao Sydney Morning Herald. Outros mapas também mostraram que havia uma ilha lá, e ela [a ilha] já apareceu em publicações científicas desde 2000.

A ilha está localizada em território francês, devido aos limites marítimos da Nova Caledônia, colônia francesa. Mapas do governo francês não mostram a ilha, de acordo com o Herald. “Mesmo a bordo do navio, os mapas climáticos que foram mostrados pelo capitão indicavam uma ilha no local”, disse Seton ao jornal.

“Todos nós gargalhamos do Google enquanto navegavamos sobre a ilha. Nós começamos a compilar informações sobre a profundidade do local, que serão enviadas para as autoridades competentes, para que mudem o mapa do mundo”, disse Steven Micklethwaite, da Universidade da Austrália Ocidental ao Herald.

Mark Price, do Serviço Hidrográfico da Austrália, que produz mapas náuticos, disse que o banco de dados costeiro é compilado a partir de relatos e pode haver erros. “Nós retiramos qualquer coisa desse banco de dados rapidamente, como se fosse uma pitada de sal”, disse ao Herald.

Um porta-voz do Google disse à emissora ABC que a empresa está sempre procurando melhorar seus mapas. “Trabalhamos com uma ampla variedade de fontes públicas confiáveis e bases de dados comerciais para fornecer aos nossos usuários os mapas mais ricos e detalhados possíveis.”

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