Outro jovem tibetano se pôs em chamas no domingo, desta vez no oeste da província de Qinghai, no mais recente protesto de autoimolação contra o regime chinês, segundo fontes tibetanas.
Esta é a 105ª autoimolação desde fevereiro de 2009 e levou as autoridades locais do Partido Comunista Chinês (PCC) a implementarem uma operação de segurança no município Tsapon, prefeitura de Tsoshar, localizada no condado de Bayan Khar, na província de Qinghai, onde a autoimolação teria ocorrido.
O autoimolado foi identificado como Phakmo Dhondup, de 20 anos, pela Rádio Free Asia, que citou uma fonte tibetana. Dhondup pôs-se em chamas no mosteiro Jachung e foi imediatamente levado para um hospital com queimaduras graves, mas não está claro se os ferimentos foram fatais.
Como muitos outros que têm se imolado, uma fonte tibetana disse à emissora que Dhondup “imolou-se em protesto contra a política linha-dura chinesa no Tibete”. Muitos dos autoimolados pedem mais liberdades pessoais e religiosas na China e o retorno do Dalai Lama, o líder espiritual exilado do Tibete.
“Monges do mosteiro têm realizado orações especiais por sua recuperação”, disse a fonte à RFA, e acrescentou, “Ao mesmo tempo, várias centenas de forças de segurança chegaram ao mosteiro e impuseram restrições.”
Uma fonte disse ao serviço tibetano da Voz da América que as autoridades chinesas implantaram um grande número de forças de segurança no mosteiro Jachung, onde os monges rezam por Dhondup.
O protesto vem logo após o regime chinês reforçar seu controle sobre as áreas tibetanas, prendendo dezenas de tibetanos supostamente envolvidos com as autoimolações. As autoridades chinesas também cortam comumente as telecomunicações nas áreas tibetanas após uma autoimolação ocorrer, na tentativa de impedir que informações se espalhem sobre o incidente.
No sábado, foi relatado que o tibetano Ngawang Thupden, de 20 anos, foi condenado a dois anos de prisão e trabalhos forçados por possuir fotos de dois tibetanos que se imolaram. Ele foi preso em outubro, mas sua família soube apenas recentemente que ele foi acusado de “subversão” pelas autoridades chinesas, informou a RFA.
“Familiares disseram que não houve qualquer processo judicial nem os familiares foram informados quando ele foi condenado”, disse o exiliado tibetano Yeshi Gyaltsen à emissora.
Mas a repressão do regime não tem conseguido restringir a onda de autoimolações, com seis tibetanos se sacrificando na China apenas neste mês. No caso anterior mais recente, dois adolescentes se imolaram na província de Sichuan na noite de quinta-feira.
O sacrifício dos dois adolescentes ressalta o quão jovens são alguns dos tibetanos que se imolam. A RFA estima que 22 tinham 18 anos ou menos. Grupos de direitos humanos dizem que esses jovens tibetanos vivem sob contínuas violações dos direitos humanos nas mãos do Partido Comunista Chinês.
Líderes tibetanos no exílio pediram que os tibetanos que vivem na China não se imolem ou tomem outras ações drásticas contra o regime, mas disseram que as políticas do Partido Comunista têm os colocado numa situação desesperadora sem muita esperança. Eles também negaram qualquer envolvimento nas autoimolações.
—
Epoch Times publica em 35 países em 21 idiomas.
Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/EpochTimesPT
Siga-nos no Twitter: @EpochTimesPT