Superestrela misteriosa 3 milhões de vezes mais brilhante do que o Sol

02/06/2011 00:00 Atualizado: 06/08/2013 19:32

Ampliando uma visão da Via Láctea até as Nuvens de Magalhães vizinhas, a Nebulosa da Tarântula entra em foco, revelando o conjunto de estrelas R 136 e a isolada superestrela VFTS 682.

Uma brilhante estrela foi descoberta em nossa galáxia vizinha, a Grande Nuvem de Magalhães, mas diferente de outras superestrelas conhecidas ela está sozinha e não em grupo.

A VFTS 682 foi descoberta com o Telescópio “Very Large” do Observatório Europeu do Sul enquanto observava estrelas brilhantes ao redor da Nebulosa da Tarântula.

Agora, uma equipe internacional de astrônomos determinou que a estrela solitária é muito mais brilhante do que observado anteriormente. Nuvens de poeira impediram comprimentos de ondas de luz verde e azul de serem detectados, dando à estrela uma aparência avermelhada ao invés de sua verdadeira luminosidade azul-branca.

A VFTS 682 é uma das estrelas mais luminosas conhecidas. Ela possui uma massa aproximadamente 150 vezes maior que o nosso sol e três milhões de vezes mais brilhante, com uma temperatura de superfície de 50 mil graus Celsius comparado com a temperatura de superfície de 5.500 graus do nosso sol.

Estrelas com estas propriedades incomuns possuem vida curta, terminando com uma supernova com potencial para uma explosão de raios gama de longa duração, uma das explosões mais brilhantes no universo. Anteriormente, tais estrelas foram encontradas apenas no interior de grupos densos.

“Nós ficamos muito surpresos ao descobrir uma estrela tão maciça isolada, e não num rico aglomerado de estrelas”, disse o autor Joachim Bestenlehner do Observatório Armagh ao norte da Irlanda num comunicado à imprensa. “Sua origem é misteriosa.”

Os cientistas descobriram que a estrela é quase uma gêmea idêntica à superestrela mais brilhante no coração do aglomerado estelar R 136, sugerindo que ela pode ter sido ejetada deste grupo, mas todas as “estrelas vagantes” conhecidas são bem menores.

“Parece ser mais fácil formar as maiores e mais brilhantes estrelas em ricos conjuntos estelares”, disse o coautor Jorick Vink no comunicado. “E embora seja possível, é mais difícil entender como estes faróis brilhantes podem se formar por conta própria. Isto torna a VFTS 682 um objeto realmente fascinante.”