Scholz pede a Xi que use sua influência sobre Moscou para acabar com guerra na Ucrânia

Por Agência de Notícias
16/04/2024 15:58 Atualizado: 16/04/2024 16:00

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, pediu nesta terça-feira ao líder da China, Xi Jinping, que use sua influência sobre a Rússia para acabar com a guerra na Ucrânia, conforme o próprio relatou nas suas redes sociais ao final da sua visita a Pequim.

“A palavra da China tem peso na Rússia. Por isso pedi ao presidente Xi que exerça influência sobre a Rússia para que Putin interrompa de uma vez por todas a sua demente cruzada, retire as suas tropas e ponha fim a esta terrível guerra”, disse o chanceler alemão.

Scholz acrescentou que concordou com Xi que os seus respectivos países mantenham um intercâmbio “intenso e positivo” sobre a organização de uma conferência de alto nível na Suíça – referindo-se à que acontecerá em junho com base na chamada “Fórmula da Paz” do governo ucraniano – e futuras iniciativas de paz.

O chanceler alemão destacou no início do encontro com Xi que pretendia discutir com o presidente chinês a guerra na Ucrânia, que “afeta diretamente os interesses fundamentais” da Europa e “prejudica a ordem internacional como um todo”.

“Hoje gostaria de discutir como podemos contribuir mais para uma paz justa na Ucrânia”, afirmou Scholz, dirigindo-se a Xi, em declarações divulgadas pela imprensa alemã.

Pequim, por sua vez, não se comprometeu hoje a estar presente na cúpula de junho na Suíça, da qual a Rússia não participará, mas, segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores chinês, Xi comunicou a Scholz que apoiaria a convocação da reunião.

“A China incentiva todos os esforços que conduzam a uma resolução pacífica da crise e apoia a convocação de maneira oportuna de uma conferência internacional de paz reconhecida pela Rússia e pela Ucrânia com a participação de todas as partes”, disse Xi, segundo a pasta de Exteriores chinesa.

“A situação deve ser arrefecida e não se colocar lenha na fogueira; é preciso apresentar condições para que a paz possa ser restaurada e o conflito não possa continuar ganhando força. Devemos também reduzir o seu impacto negativo na economia mundial”, completou o líder chinês.