Opositores venezuelanos estão refugiados na embaixada argentina em Caracas

Por Agência de Notícias
26/03/2024 20:15 Atualizado: 26/03/2024 20:15

Vários opositores venezuelanos estão refugiados na embaixada argentina em Caracas, segundo publicou o portal digital Infobae e a Agência EFE pôde confirmar através de fontes que pediram anonimato e que não especificaram o número de pessoas.

Segundo apurou a EFE, um funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Argentina está acompanhando a situação e, ao longo desta terça-feira, espera-se algum tipo de comunicação pública.

As fontes consultadas pela EFE não especificaram se as pessoas que entraram na representação diplomática foram cinco ou seis.

De acordo com o Infobae, que não identificou suas fontes, o presidente Javier Milei e a chanceler Diana Mondino “aceitaram que os seis perseguidos entrassem na representação diplomática na Venezuela e a partir desse momento – devido às leis internacionais – ficaram sob asilo da Argentina”.

Outros meios de comunicação argentinos, como o jornal Clarín, repercutiram nos últimos dias informações de jornalistas venezuelanos sobre a entrada de opositores venezuelanos com ordens de prisão preventiva na representação diplomática argentina na Venezuela.

O Infobae identificou cinco dos opositores como Pedro Urruchurtu, Magallí Meda, Humberto Villalobos, Claudia Macero e Omar González, mas não informou o nome do sexto.

Segundo o portal, a entrada dos opositores na embaixada aconteceu “gota a gota” (cada um separadamente) e começou na semana passada.

As relações entre Argentina e Venezuela, estreitas durante os mandatos dos peronistas Néstor Kirchner (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007-2015), pioraram desde a chegada à Casa Rosada em dezembro do ano passado de Javier Milei, crítico ferrenho do ditador venezuelano, o chavista Nicolás Maduro.

O governo argentino é um dos signatários – junto com os da Costa Rica, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai – de um comunicado que manifesta preocupação com a impossibilidade de Corina Yoris, candidata da opositora Plataforma Unitária Democrática (PUD), registrar sua candidatura às eleições de 28 de julho, nas quais Maduro tentará uma nova reeleição.