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Companhia internacional Shen Yun se apresenta pela primeira vez no Brasil

22/01/2020

Por Marina Dalila, Epoch Times

O Shen Yun Performing Arts virá pela primeira vez ao Brasil para reviver a cultura tradicional chinesa em um espetáculo de primorosa direção artística, com uma performance orquestral que une o Oriente e o Ocidente. 

A companhia se apresentará em mais de 200 cidades ao redor do mundo durante a turnê de 2020 e fará sua estreia em São Paulo no Unimed Hall.

O Shen Yun é uma organização sem fins lucrativos e não possui vínculos governamentais. A companhia foi formada em 2006 por artistas talentosos que fugiram da perseguição do Partido Comunista Chinês com a missão de reviver a cultura tradicional chinesa, que estava à beira da extinção, e compartilha-lá com o mundo. Os shows do Shen Yun apresentam danças tradicionais étnicas e folclóricas, de acordo com seu website.

O assessor de imprensa do Shen Yun no Brasil, Luís Fernando Novaes, informou que a companhia trará 55 bailarinos e 45 músicos. Luís informou também que ao contrário da imagem que se tem de que as pessoas não se vestiam bem no passado, o Shen Yun apresenta figurinos fidedignos com as vestimentas do passado, usando inclusive o material que era utilizado na época, como a seda.

Para completar, o Shen Yun utiliza uma tecnologia gráfica de ponta, a equipe responsável pelo fundo digital patenteado do Shen Yun cria cenários animados, estendendo o palco e transportando o público para um mundo onde o céu e a terra se tornam um.

Uma orquestra sinfônica peculiar 

A orquestra do Shen Yun é a primeira do mundo a combinar permanentemente instrumentos clássicos ocidentais e orientais. Instrumentos chineses antigos, como o erhu, que é conhecido como violino chinês e o pipa, um dos instrumentos de corda mais antigos da China,  conduzem a melodia no centro de uma orquestra ocidental completa, composta por instrumentos de corda, percussão, sopro e metais, de acordo com o website da empresa. 

Leeshai Lemish durante uma entrevista ao American Thought Leaders, em janeiro de 2020 (Epoch Times /American Thought Leaders)

A combinação musical de melodias orientais tradicionais com a poderosa orquestração ocidental é pioneira e todas as composições originais do Shen Yun têm sido elogiadas por músicos e críticos renomados, conforme publicado em seu website.

Proibição na China

Embora o Shen Yun seja uma companhia de artes cênicas de primeira classe e se apresente nos teatros do mundo inteiro, ela está proibida de se apresentar na China, pois o Partido Comunista chinês considera a cultura tradicional como uma ameaça à sua ideologia e, durante décadas, vem tentando destruí-la, de acordo com o website da empresa.

Leeshai Lemish, mestre de cerimônias do Shen Yun desde o início, disse que essa interferência afeta a companhia de artes cênicas desde a sua fundação, há mais de uma década. “Comecei a perceber que, enquanto nos apresentávamos em todo o mundo, todos os tipos de fenômenos que normalmente não se espera que aconteçam em uma empresa de artes cênicas ocorreram”, disse ele durante uma entrevista no programa American Thought Leaders.

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O presidente da Associação Falun Dafa no Brasil, João Marchesini Junior, disse que “o Shen Yun tem a coragem de mostrar o que está acontecendo na China hoje, uma das coisas mais impactantes na história atual da China, que é a perseguição ao Falun Gong. Uma prática de meditação chinesa baseada em Verdade, Benevolência e Tolerância, que desde 1999 está sendo perseguida brutalmente pelo regime chinês”.

Sucesso de crítica e de público

De Tóquio a Paris, Sydney a Nova Iorque, as performances ao vivo do Shen Yun recebem aplausos estrondosos e elogios com casa cheia em todos os lugares. Membros da plateia voam de outros países ou dirigem centenas de quilômetros para ter a oportunidade de assistir ao espetáculo. 

Leeshai Lemish salientou que o “espetáculo é muito positivo, que não há uso de cores escuras e que faz com que as pessoas que o assistam, que muitas vezes são VIPs ou Congressistas, saiam emocionadas, o que é algo muito inspirador. Pois toda a equipe trabalha muito para que um novo espetáculo seja feito a cada ano”.

Pianista brasileiro sente-se elevado pelo espírito dos dançarinos do Shen Yun
Homero Capatti assistiu ao Shen Yun no Blaisdell Concert Hall em Honolulu, Havaí, em 5 de maio de 2019 (Sally Sun / The Epoch Times)

O pianista brasileiro Homero Capatti ficou encantado com a música e a dança apresentadas pelo Shen Yun Performing Arts em Honolulu, no Havaí.“É uma produção surpreendente, e vale a pena ver”, disse ele.

A atriz vencedora do Oscar Cate Blanchett ficou impressionada após assistir ao espetáculo com seu marido e filhos e disse que o show é “Primorosamente belo. Uma experiência extraordinária para nós e para as crianças”.

Cate Blanchett no Festival de Cannes de 2018 (Joan Hernandez Mir)

O presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Dante Mantovani, concedeu uma carta de congratulação ao Shen Yun pelos serviços prestados pela companhia para o desenvolvimento das artes em todo o mundo.

Inspiração no divino

Shen Yun significa a beleza dos seres divinos dançando e através de dança e da música, os artistas de Shen Yun ilustram uma época em que seres divinos caminhavam sobre a terra, deixando para trás uma cultura que inspirou gerações.

A sabedoria chinesa antiga, que era de espiritualidade e valores budistas e taoístas, deu origem a tudo, desde inovações médicas a ópera, dança, arquitetura e até artes marciais. Mas após décadas de domínio comunista, grande parte dessa cultura divinamente inspirada foi destruída ou esquecida, conforme registrado em seu website.

João Marchesini disse que o Shen Yun não é “apenas um show, não é apenas entretenimento, é cultura, e resgata valores para a sociedade. Tem um impacto bastante positivo. Você sai do show impactado, impressionado com coisas positivas que você leva para sua vida”.

A companhia se apresentará pela primeira vez no Unimed Hall (Antigo Credicard Hall) na Avenida das Nações Unidas, 17955, São Paulo, SP 04795-100, São Paulo de 30 de janeiro a 2 de fevereiro.