O preço da gasolina atingiu o recorde após a União Europeia concordar com a proibição parcial do petróleo russo até o final de 2022 como parte do sexto pacote de sanções contra a Rússia por sua invasão da Ucrânia.
Nos Estados Unidos, os preços na bomba subiram para uma média nacional de US $4,622 (aproximadamente 22 reais) por galão, segundo a AAA, acima dos US $4,619 em 30 de maio e US $4,598 há uma semana.
O aumento de preço marca um aumento de US $1.576 a partir deste momento em 2021.
No Reino Unido, os preços do gás subiram para 173,02 pence por litro (US $2,18) em 31 de maio, segundo a empresa britânica de serviços automotivos, RAC, que monitora atacado e varejo preços dos combustíveis diariamente.
O custo médio para abastecer um carro familiar de 55 litros com gasolina sem chumbo é agora de 95,16 libras (570 reais), segundo a RAC, com os preços provavelmente aumentando.
“A decisão da UE de proibir a maioria das importações de petróleo russo fará com que o preço do barril suba ainda mais, o que significa ainda mais miséria para os preços dos combustíveis no Reino Unido”, disse o porta-voz da RAC de combustíveis Simon Williams à Sky News.
“O preço de atacado da gasolina já está aumentando devido ao aumento da demanda no verão”, disse Williams, acrescentando que os preços médios da gasolina podem subir “em questão de dias”.
O aumento recorde de preços ocorre depois que os líderes da UE finalmente concordaram com um plano para bloquear cerca de 90% das importações de petróleo da Rússia para a UE até o final de 2022, depois que a decisão foi adiada em meio a preocupações entre alguns membros sobre problemas de fornecimento.
No início de maio, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, disse que a proibição da UE às importações de petróleo russo equivaleria a uma “bomba nuclear” para a economia de seu país e insistiu que o país só concordaria com tal proibição se a segurança do fornecimento de petróleo fosse garantida.
A Hungria, que não tem um litoral, depende muito do petróleo russo, obtendo quase 65% de seus suprimentos de petróleo e 85% de seu gás do país.
O embargo de petróleo recém-anunciado abrange as importações de petróleo da Rússia para a UE que são transportadas por mar. Outros 10% que são entregues por oleoduto estão isentos, conforme solicitado pela Hungria, que depende exclusivamente de oleodutos para transportar o petróleo.
Charles Michel, chefe do Conselho da UE, disse que o acordo cortará uma “enorme fonte de financiamento para sua máquina de guerra”, referindo-se à Rússia, ao mesmo tempo em que pressiona o Kremlin para encerrar a guerra na Ucrânia.
Em um post posterior no Twitter, Michel disse que as sanções afetarão imediatamente 75% das importações de petróleo russo e que 90% do petróleo russo importado para a Europa será proibido até o final do ano.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou a medida como um “importante passo à frente” em um comunicado em 31 de maio, afirmando também que o bloco “em breve voltará para a questão dos 10% restantes do petróleo do oleoduto da Rússia”.
Moscou pareceu ignorar em grande parte as notícias da proibição, afirmando que simplesmente se voltaria para outros importadores.
“Como ela disse com razão ontem, a Rússia encontrará outros importadores. Digno de nota que agora ela contradiz sua própria declaração de ontem”. Mikhail Ulyanov, representante permanente da Rússia em organizações internacionais em Viena, escreveu no Twitter, referindo-se a presidente da UE.
Os líderes da UE também concordaram em cortar o maior banco russo, o Sberbank, do sistema de pagamentos internacionais SWIFT e baniram mais três emissoras estatais russas que, segundo as autoridades, estavam “constantemente espalhando amplamente a desinformação que testemunhamos nas últimas semanas e meses.”
Há também uma proibição de seguro e resseguro de navios russos por empresas da UE e uma proibição de fornecer às empresas russas uma série de serviços comerciais.
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