EUA exige que Maduro respeite direito de todos os candidatos de concorrer à presidência

Por Agência de Notícias
26/03/2024 20:26 Atualizado: 26/03/2024 20:26

Os Estados Unidos exigiram nesta terça-feira que o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, respeite o direito de todos os candidatos de concorrer às eleições presidenciais no país e expressaram preocupação com a decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de impedir o registro da candidata opositora Corina Yoris.

“Estamos trabalhando com outros membros da comunidade internacional para permitir que os venezuelanos possam participar de eleições inclusivas e competitivas, e pedimos aos representantes de Maduro que autorizem que todos os candidatos concorram”, disse a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

A plataforma majoritária de oposição da Venezuela tentou registrar Yoris como sua candidata à presidência depois de confirmada a inabilitação por manobras do regime de Maria Corina Machado, vencedora das primárias realizadas no ano passado.

A oposição denunciou que as autoridades eleitorais também impediram o registro de Yoris, uma acadêmica de 80 anos que, até agora, nunca tinha atuado na política e não tem nenhum tipo de problema legal.

Jean-Pierre lembrou que os EUA estão comprometidos em manter o alívio das sanções colocadas em prática nos últimos meses se o regime de Maduro se mantiver firme nos compromissos delineados no roteiro eleitoral definido em Barbados.

Em outubro do ano passado, a Plataforma Unitária Democrática (PUD) e representantes do regime de Maduro assinaram um acordo no qual este se comprometeu a realizar eleições justas.

Isso permitiu que os EUA relaxassem algumas das sanções que haviam imposto contra o país.

O governo de Joe Biden tem avisado nos últimos meses que monitoraria de perto o cumprimento dos compromissos assumidos pelo regime venezuelano.

Além da não inclusão de Yoris, o partido Vamos Venezuela (VV), liderado por Machado, denunciou no sábado que não se sabe o paradeiro de Emill Brandt, Henry Alviarez e Dignora Hernández, três dos sete membros da legenda que foram detidos nos últimos dois meses, acusados injustamente pelo Ministério Público de ligações com conspirações violentas inexistentes.