Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
O mundo é um lugar incrivelmente diversificado—desde o mundo natural até o mundo da cultura. No entanto, alguns universos unem os fios de tudo isso. Um deles é a presença de instrumentos de corda em praticamente todas as culturas.
Alguns instrumentos de cordas soam pitorescos, outros assombrosos, enquanto outros parecem ser capazes de expressar praticamente toda a gama de emoções.
Esta é uma chance de conhecer alguns dos principais instrumentos de corda de culturas de todo o mundo.
A cítara
Região: Índia
Todo mundo já ouviu falar da cítara, mas quantas pessoas sabem dizer exatamente o que ela é?
A cítara é um instrumento de cordas dedilhadas com um longo braço e um corpo em forma de cabaça. Um aspecto fascinante que a distingue da maioria dos instrumentos de corda ocidentais é que ela tem “cordas simpáticas” que vibram automaticamente, em simpatia com as cordas tocadas, criando um som único e rico que muitos associam à música indiana. É comumente usado na música clássica e tradicional indiana.
O violão
Região: Diversas
O violão é um instrumento versátil, geralmente com seis cordas (embora existam muitas variedades), tocado com a palheta ou com os dedos. É usado em uma ampla gama de gêneros musicais. Há variações acústicas e elétricas do violão.
O violão faz parte da família de instrumentos de corda que são tocados em um ângulo oblíquo na frente do tronco. Outros instrumentos dessa categoria são o ukulele, o oud, e o alaúde. No entanto, alguns instrumentos de corda são tocados na posição vertical sobre o colo (como a pipa chinesa), deitados sobre o colo (como o dulcimer dos Apalaches) ou colocados em um suporte (como a cítara ou o dulcimer martelado).O
Erhu
Região: China
O erhu é um instrumento tradicional de arco com duas cordas. “Er” significa ‘dois’ em chinês. Tem um braço longo e fino e um corpo ressonante convencionalmente coberto com pele de cobra ou de píton (embora alguns luthiers de erhu evitem usar pele de cobra).
O arco é afixado ou suspenso entre as duas cordas, e o músico produz sons e notas colocando o arco contra as cordas e pressionando as cordas com os dedos. Esse instrumento tem um som distinto e expressivo e
é muito usado na música tradicional chinesa; seu som é frequentemente comparado à voz humana e, às vezes, é chamado de “violino chinês”.
O Oud
Região: Oriente Médio
O oud é um instrumento de cordas em forma de pera, de braço curto, geralmente com 11 cordas (embora também existam modelos com 10 ou 13 cordas). Faz parte da família do alaúde, mas, ao contrário do alaúde ocidental, o oud não tem trastes (normalmente tiras de metal espaçadas ao longo do braço de um instrumento, marcando onde se encontram notas específicas). É tradicionalmente tocado com um tipo de plectro (ou palheta) conhecido como “risha” em árabe, e seu som rico e ressonante contribui para o timbre característico da música tradicional do Oriente Médio. O oud também influenciou o desenvolvimento de outros instrumentos.
O Koto
Região: Japão
O koto é um instrumento de cordas tradicional japonês com um longo corpo de madeira e 13 ou 17 cordas. Faz parte da família da cítara e é tocado dedilhando as cordas com palhetas (“tsume”) usadas nos dedos polegar, indicador e médio de uma mão. O koto tem pontes móveis, permitindo que o músico ajuste o tom das cordas (uma “ponte” é a pequena peça de madeira fina que mantém as cordas afastadas do corpo do instrumento). Seu som é delicado e evocativo, o que o torna um instrumento central na música tradicional japonesa. O koto é frequentemente usado em apresentações solo e em conjunto.
A Harpa
Região: Múltipla
Acredita-se que a harpa, um dos instrumentos mais antigos, tenha raízes na Mesopotâmia, na Pérsia e no Egito. Com o tempo, ela evoluiu globalmente, ganhando destaque nas cortes europeias e tornando-se um símbolo das tradições celtas. As harpas celtas ocupam um lugar distinto nas tradições musicais da Irlanda e da Escócia. Caracterizada por um som ressonante, a harpa celta tem sido um símbolo de identidade cultural e se destaca na música folclórica e tradicional.
A harpa de pedal, introduzida no século XIX, expandiu as capacidades tonais da harpa. E a moderna harpa de concerto, com seu elaborado sistema de pedais e tamanho grande, é um elemento básico das orquestras clássicas. Atualmente, a harpa é destaque tanto na música clássica quanto na música popular.
O dulcimer martelado
Região: Diversas
O nome “dulcimer” tem uma bela etimologia: Significa literalmente “doce canção”, derivado do latim dulcis (doce) e do grego melos (canção). Provavelmente originário do Oriente Médio, por volta de 900 d.C., o dulcimer martelado consiste em uma caixa de madeira trapezoidal com cordas esticadas, tocadas com pequenos martelos macios. O aspecto percussivo faz dele um “instrumento de cordas de percussão” e, de forma fascinante, é um dos primeiros ancestrais do piano. (Que, para aqueles que não sabem, também produz seu som por meio de martelos macios batendo nas cordas).
O dulcimer martelado atingiu seu auge aproximadamente no final da Idade Média e no Renascimento e era popular em toda a Europa Oriental e Ocidental. Ele prosperou tanto em ambientes folclóricos quanto cortesãos, adaptando-se às variações regionais. Com seu som característico, tornou-se um elemento básico do folclore americano, do bluegrass e da música celta. Embora sua popularidade tenha diminuído com o tempo, nos últimos anos houve um renascimento, com músicos explorando sua versatilidade em vários gêneros.
Da próxima vez que for a uma feira renascentista ou ver um aviso sobre um próximo concerto de outra cultura, você terá um apreço maior pelo que está vendo e ouvindo. Nossa história compartilhada é algo que vale a pena valorizar e preservar. Aproveite sua riqueza.